Dicionário Político
segunda-feira, 11 de setembro de 2017
Programa Eleitoral
A definição de programa é tida como, a enumeração dos propósitos de um partido, delineamento geral dos diversos pontos que se hão-de tratar num trabalho literário, desígnio ou projecto que irá expor de forma resumida o que um indivíduo ou partido advoga e o caminho que se propõe a seguir.
Por outro lado a palavra eleitoral é definida como algo relacionado a eleições ou o acto em si, ou seja, acto eleitoral.
Verificando os programas eleitorais dos partidos com acento parlamentar podemos identificar alguns pontos comuns, a saber:
- São documentos elaborados recorrendo aos quadros internos e externos dos partidos
Em seguida disponibilizo os programas eleitorais dos partidos com acento parlamentar:
- São elaborados antes do ato eleitoral,
- Apresentam o ponto de situação actual da vida política, económica e social do país onde as eleições vão decorrer,
- Apresentam-se como o documento oficial da campanha eleitoral, sendo o seu conteúdo alvo de debate e posterior escrutínio
- Não carece de validação legal por parte das entidades e instituições democráticas, ou seja, se por um lado não estamos perante um documento vinculativo em termos legais
- Grande importância política uma vez que quem o apresenta poderá ser julgado em actos eleitorais futuros pelas propostas, visões e acções que podem pretender realizar
- Ao longo do documento são apresentadas as visões, opções, projectos e programas de acção no sentido de se atingirem as metas idealizadas no documento em questão
- São documentos estruturados, ou seja, podem ser divididos por secções, tópicos, partes, capítulos sendo que os temas relacionados com economia, área social, educação, saúde, justiça. Defesa nacional, posição de Portugal na Europa e no mundo,
Programa Eleitoral 2015 PPD PSD / CDS PP:
http://www.dn.pt/DNMultimedia/DOCS+PDFS/Portugal%20%C3%80%20Frente%20-%20Agora,%20Portugal%20pode%20mais.pdf
Programa Eleitoral 2015 PS:
http://www.ps.pt/wp-content/uploads/2016/06/programa_eleitoral-PS-legislativas2015.pdf
Programa Eleitoral 2015 PCP / PEV:
https://www.pcp.pt/sites/default/files/documentos/programa_eleitoral_pcp_legislativas_2015.pdf
Programa Eleitoral 2015 Bloco de Esquerda:
http://www.bloco.org/media/manifestolegislativas2015.pdf
Programa Eleitoral 2015 PAN:
http://legislativas2015.pan.com.pt/wp-content/uploads/2015/09/PAN2015_ProgramaEleitoralXiii.compressed.pdf
Webgrafia:
Dicionário Priberam da Língua Portuguesa. Disponível em https://www.priberam.pt/DLPO/programa
Dicionário Priberam da Língua Portuguesa. Disponível em http://www.priberam.pt/dlpo/eleitoral
domingo, 20 de novembro de 2016
Democracia Directa
Democracia Directa
Democracia, palavra proveniente da junção entre demos e kratos, a primeira pode ser traduzida como "o povo" e a segunda como "poder" , portanto a palavra democracia tem as suas raízes fundacionais associadas aquilo que se pode dizer como o "poder do povo".
Tendo em consideração que a definição de democracia tem vindo a mudar ao longo dos tempos, convém em primeiro lugar pensar que a noção de democracia na antiga Grécia teria um relação bastante redutora, ou seja, poder seria a capacidade de fazer algo (Ober, Josiah, 2007)
A Democracia directa ou, como alguns lhe chamam, Democracia pura, ainda hoje tem a sua existência vista de forma questionável. Isto porque por vivermos em sociedades bastante complexas, o mais acertado é haver sempre alguém mais especializado em algo, para “tomar conta” desse assunto.
Ora, na Democracia directa isso não acontece, uma vez que o povo/ os cidadãos que por votação decidem de forma directa sobre qualquer assunto.
A Democracia Direta era o tipo de democracia adotado na Grécia antiga, onde os cidadãos se reuniam na ágora para decidir os rumos do governo. No entanto o número de cidadãos era muito restrito uma vez que, lembremo-nos, nem toda a gente era o considerado, criando, deste modo, uma situação de exclusão social. No entanto estavamos perante uma relação de proximidade entre representante e representado, onde verificavamos um diálogo direto entre estes dois pendulos da democracia. (Maltez, José, 2007)
Como resquícios da democracia directa temos o referendo e o plebiscito, o primeiro pode ser definido como um Instrumento de democracia directa, pelo qual os cidadãos eleitores são chamados a pronunciar-se a título vinculativo, por sufrágio directo e secreto, sobre questões de relevante interesse nacional que devam ser decididas pela Assembleia da República ou pelo Governo através da aprovação de convenção internacional ou de acto legislativo. (Artº 115º CRP)
O segundo Bonavides (2003, p. 154), a espécie plebiscito (da antiga Roma, onde a plebe votava sobre determinado assunto, por convocação do tribuno) consiste numa “consulta prévia à opinião popular”, perante a qual, dependendo de seus resultados, adotar-se-ão providências legislativas ficando reservadas dificuldades para sua diferenciação de referendos. (Bonavides, Paulo. 2003).
Ou seja, verificamos aqui uma importante diferença entre aquilo que é o plebiscito e o referendo, o primeiro atua sobre um determinado assunto que não se encontra legislado utilizando os resultados da consulta para poder legislar no sentido do voto obtido, o segundo atua sobre uma matéria que já se encontra legislada e que a consulta pretende obter uma resposta sobre a sua aplicabilidade ou não.
Para melhor compreensão apresento um video sobre este assunto:
Nota: Video 1 - Video em Inglês
Nota: Video 2 - Video em Português
Bibliografia
Bonavides, Paulo (2003). Ciência política. 10. ed. São Paulo: Malheiros, 2003.
Ober, Josiah (2007) The original meaning of “democracy”: Capacity to do things, not majority rule Stanford University
Webgrafia
Comissão Nacional de Eleições (2016) . Retirado de http://www.cne.pt/sites/default/files/dl/faq_rn_2007.pdf
Maltez, Adelino (2007) Respublica - Repertório de Ciência Política . Retirado de: http://farolpolitico.blogspot.pt/2007/02/directa-democracia.html
quinta-feira, 22 de setembro de 2016
Henrique Neto

Fonte: http://www.henriquenetopresidente2016.pt/
Natural de Lisboa, Henrique Neto acredita que é preciso mudar de rumo, afirmando que o modelo atual está esgotado e que a classe política utiliza o "funcionamento do sistema político para se beneficiar a si própria e aos sectores mais privilegiados e protegidos da sociedade portuguesa",
Apesar da sua filiação ao Partido Socialista, Henrique Neto não contou com qualquer apoio partidário. No entanto, não deixou de contar com o apoio de várias personalidades da sociedade portuguesa, entre elas:
Mira Amaral e Medina Carreira, do antigo líder do CDS-PP Ribeiro e Castro, do presidente da Câmara de Leiria, Raul Castro (PS), do porta-voz dos socialistas católicos, Cláudio Anaia, do antigo secretário de Estado do Governo PSD/CDS-PP Henrique Gomes
Mira Amaral e Medina Carreira, do antigo líder do CDS-PP Ribeiro e Castro, do presidente da Câmara de Leiria, Raul Castro (PS), do porta-voz dos socialistas católicos, Cláudio Anaia, do antigo secretário de Estado do Governo PSD/CDS-PP Henrique Gomes
O candidato obteve 38982 mil votos, entrando no espectro de candidatos que arrecadaram um total de votos inferior ao número de votos nulos e brancos. Com um total de 0.84% dos votos válidos expressos e com um orçamento de 275 mil euros, podemos indicar que cada voto representa um valor de 7,05 euros.
Fonte: http://www.eleicoes.mai.gov.pt/presidenciais2016/
Tempo de Antena
Nome: Henrique José de Sousa Neto
Idade: 80
Data de Nascimento: 27 de Abril de 1936
Profissão: Empresário
Naturalidade: Lisboa
Habilitações Académicas:
Curso de Serrelharia
Mandatário Nacional

Fonte: http://www.congressoapavt.com/speakers/prof-dr-luis-campos-e-cunha/
- Professor Catedrático da Faculdade de Economia da Unbiversidade Nova de Lisboa
- Membro do C.A. da Fundação de Serralves - Membro do Conselho Consultivo e Presidente da Assembleia Geral do BANIF - Presidente do Conselho Coordenador da SEDES
- Colunista do jornal Público Funções públicas 2005 - Ministro de Estado e das Finanças (resignou a 21/7/05) 2002 – 2005
- Director da Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa 1996 – 2002
- Vice-Governador do Banco de Portugal Neste âmbito desempenhou as seguintes funções a nível internacional: - Alternate do Governador no Governing Council do Banco Central Europeu
- Membro do Comité de Relações Internacionais do Banco Central Europeu
- Membro do Comité Monetário/Comité Económico-Financeiro.(até Ag. 2000)
Carreira
- Professor Catedrático da Universidade Nova de Lisboa, tendo leccionado em outras universidades (Universidade Católica Portuguesa, Columbia University). Desde 1985
- Professor Catedrático (desde 1995), Professor Associado (1991-95) e Auxiliar (1985-91), Faculdade de Economia, UNIVERSIDADE NOVA DE LISBOA. 1992-1995
- Professor Convidado (1991-95), Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais, UNIVERSIDADE CATÓLICA PORTUGUESA. 1983-85
- Assistente, Encarregado de curso, COLUMBIA UNIVERSITY. 1977-80 - Assistente, UNIVERSIDADE CATÓLICA PORTUGUESA
Fonte: http://www.ucp.pt/site/resources/documents/IEP/CV%20Oradores/CV%20Lu%C3%ADs%20Campos%20e%20Cunha.pdf
Orçamento de Campanha
Receita: 250 mil euros
Despesa: 250 mil euros
Fonte: http://www.tribunalconstitucional.pt/tc/file/henrique_neto_orcamento.pdf?src=1&mid=3562&bid=2686
Website: http://www.henriquenetopresidente2016.pt/
Webgrafia
Martins, L. (2016, Fevereiro 18). Os candidatos presidenciais. Jornal Público. Publicado em : https://www.publico.pt/presidenciais-2016/candidatos
Neto, H. (2015). Home Page. Consultado em Setembro, 23 de 2016. http://www.henriquenetopresidente2016.pt/
Tribunal Constitucional Portugal. (2016). . Entidade das Contas e do Financiamentos Políticos. Disponível em: http://www.tribunalconstitucional.pt/tc/contas_eleicoes-pr.html#1103
terça-feira, 29 de março de 2016
Paulo de Morais

Paulo de Morais, mais conhecido como o "senhor corrupção", não porque tenha alguma ligação estreita com o tema em questão, mas sim pelas suas posições anti corrupção.
A entrega 6000 assinaturas marca o arranque oficial da sua corrida à presidência da república, ao longo do seu percurso Paulo de Morais terá sido aquele que mais se bateu pelo tema da corrupção, insistindo que o cargo de Presidente poderia servir o país combatendo todo o tipo de elícito utilizando a sua influência.
Habituado ao confronto publico e político Paulo de Morais não gozou do apoio de nenhum dos partidos que lugar na assembleia da república concorrendo como independente, tal situação pode ajudar a explicar os fracos resultados que obteve.
O candidato obteve cerca de 100 mil votos, entrando no espectro de candidatos que arrecadaram um total de votos inferior ao número de votos nulos e brancos.
Paulo de Morais obteve 100 mil e oito votos e um total de 2,16% dos votos válidos expressos.
Fonte: http://www.eleicoes.mai.gov.pt/presidenciais2016/
Tempo de Antena
Nome: Paulo Alexandre Baptista Teixeira de Morais
Idade: 52
Data de Nascimento: 22 de Dezembro de 1963
Profissão: Professor Universitário
Naturalidade: Viana do Castelo
Habilitações Académicas:
2011 – Doutoramento em Engenharia Industrial e de Gestão defendido na Faculdade de
Engenharia da Universidade do Porto, com a tese “Evaluation of performance of European
cities with the aim of increasing quality of life”, aprovada por unanimidade e com distinção,
desenvolvida no âmbito da investigação operacional (desenvolvimento metodológico e
aplicação de Data Envelopment Analysis) e estatística.
1996 – Curso de Defesa Nacional
1993 – MBA em Comércio Internacional pela Católica Porto Business School (à data
Instituto Empresarial Portuense em parceria com a ESADE – Escuela Superior de
Administración y Dirección de Empresas de Barcelona), com a média de 14 valores.
1989 – Licenciatura em Matemática – Ramo Matemática Aplicada, pela Faculdade de
Ciências da Universidade do Porto, com a média de 12 valores.
Publicações
Participação em Livros:
Arrendamento Social, CIJE – Centro de Investigação Jurídico-Económica da Faculdade de
Direito da Universidade do Porto, Almedina, 2005
‘Anatomia da Corrupção em Portugal’ in Sousa, L. e Soares, D. (Org.) Em memória de
Saldanha Sanches- tranparência, justiça, liberdade, Edições RCP, no prelo
.
Livros não científicos editados:
Morais, Paulo, Da corrupção à crise, Gradiva, 2013.
Paulo Morais – Mudar o Poder Local, por António Freitas de Sousa, Edeline, 2006
Morais, Paulo & Outros, Porto de Partida Porto de Chegada, Âncora Editora, 2003
Apoios: Apesar de não ter recolhido apoio formal por parte de nenhum partido político, apresentando-se como independente.
Morais,P. (2015).
Morais,P. (2015).
Mandatário Nacional
Caldense de gema, nascida a 7 de Abril de 1956, concluiu o Magistério Primário na nossa cidade aos 18 anos, idade em que começou a dar aulas, coincidente com a grande mudança política da segunda metade do século XX. Estávamos então em 1974. Serrenho, M. (2013)
Orçamento de Campanha
Receita: 93 mil euros


Fonte: http://www.tribunalconstitucional.pt/tc/file/paulo_morais_orcamento.pdf?src=1&mid=3567&bid=2690
Website: http://www.paulodemorais2016.com
Webgrafia
Martins, L. (2016, Fevereiro 18). Os candidatos presidenciais. Jornal Público. Publicado em : https://www.publico.pt/presidenciais-2016/candidatos
Morais, P. (2015). Home Page. Consultado em Março, 29 de 2016. http://www.paulodemorais2016.com
Serrenho, M. (2013). Viver o concelho Movimento Independente Caldas da Rainha. Consultado em Março, 29 de 2016. http://viveroconcelho.pt/
Serrenho, M. (2013). Viver o concelho Movimento Independente Caldas da Rainha. Consultado em Março, 29 de 2016. http://viveroconcelho.pt/
Tribunal Constitucional Portugal. (2016). . Entidade das Contas e do Financiamentos Políticos. Disponível em: http://www.tribunalconstitucional.pt/tc/contas_eleicoes-pr.html#1103
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016
Soft Power
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| https://sunnyntayombya.wordpress.com/2013/10/17/how-to-leverage-rwandas-soft-power/ |
Segundo o professor Victor Marques dos
Santos podemos identificar poder como
uma “característica essencial da realidade humana, que adquire expressão
através de manifestações diferenciadas resultantes da convergência das
dimensões social e individual da capacidade do respectivo exercício,
caracterizado pela posse e como uma capacidade que, entre outras , se
desenvolve no sentido da realização de um objectivo, da concretização de uma
finalidade” (Santos, 2007) outra definição verificada é a do professor António
de Sousa Lara que apresenta o poder como “ um conjunto de meios capazes de
coagir os outros a um determinado comportamento . (Lara, 2005)
O soft power pode ser definido como “levar os outros a
desejarem o que nos próprios desejamos (…) em determinar a agenda política para
influenciar as preferências dos outros . O soft power também é mais do que persuasão ou a capacidade
de convencer pessoas através de argumentação . É a capacidade de sedução e de
atracção . O soft power tem , em grande parte , origem nos nossos valores” (Nye, 2005) .
Este tipo de poder funciona em certa medida como
catalisador de tomadas de decisão por parte de outros baseando-se na nossa
vontade usando para isso o poder economico , cultural , político e religioso .
O soft power é um aliado poderoso no sentido que faculta ao Estado detentor
deste poder a capacidade de ser seguido não pela sua capacidade bélica mas sim
pelos seus valores .
Lara,
A. ( 2005), Ciência política – Estudo da ordem e da subversão. 3ª
Edição, ISCSP. Lisboa
Santos, Victor Marques
dos. (2007) , Introdução á teoria das
relações internacionais. ISCSP. Lisboa
Nye, Joseph. (2005), O paradoxo do poder Americano: Porque é que a única
superpotência mundial não pode actuar isoladamente. 1ª Edição, Gradiva.
Lisboa
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