domingo, 20 de novembro de 2016

Democracia Directa



Democracia Directa

Democracia, palavra proveniente da junção entre demos e kratos, a primeira pode ser traduzida como "o povo" e a segunda como "poder" , portanto a palavra democracia tem as suas raízes fundacionais associadas aquilo que se pode dizer como o "poder do povo".


Tendo em consideração que a definição de democracia tem vindo a mudar ao longo dos tempos, convém em primeiro lugar pensar que a noção de democracia na antiga Grécia  teria um relação bastante redutora, ou seja, poder seria a capacidade de fazer algo (Ober, Josiah, 2007)


A Democracia directa ou, como alguns lhe chamam, Democracia pura, ainda hoje tem a sua existência vista de forma questionável. Isto porque por vivermos em sociedades bastante complexas, o mais acertado é haver sempre alguém mais especializado em algo, para “tomar conta” desse assunto.


Ora, na Democracia directa isso não acontece, uma vez que o povo/ os cidadãos que por votação decidem de forma directa sobre qualquer assunto.


A Democracia Direta era o tipo de democracia adotado na Grécia antiga, onde os cidadãos se reuniam na ágora para decidir os rumos do governo. No entanto o número de cidadãos era muito restrito uma vez que, lembremo-nos, nem toda a gente era o considerado, criando, deste modo, uma situação de exclusão social. No entanto estavamos perante uma relação de proximidade entre representante e representado, onde verificavamos um diálogo direto entre estes dois pendulos da democracia. (Maltez, José, 2007)


Como resquícios da democracia directa temos o referendo e o plebiscito, o primeiro pode ser definido como um Instrumento de democracia directa, pelo qual os cidadãos eleitores são chamados a pronunciar-se a título vinculativo, por sufrágio directo e secreto, sobre questões de relevante interesse nacional que devam ser decididas pela Assembleia da República ou pelo Governo através da aprovação de convenção internacional ou de acto legislativo. (Artº 115º CRP)


O segundo Bonavides (2003, p. 154),  a espécie plebiscito (da antiga Roma, onde a plebe votava sobre determinado assunto, por convocação do tribuno) consiste numa “consulta prévia à opinião popular”, perante a qual, dependendo de seus resultados, adotar-se-ão providências legislativas ficando reservadas dificuldades para sua diferenciação de referendos. (Bonavides, Paulo. 2003). 


Ou seja, verificamos aqui uma importante diferença entre aquilo que é o plebiscito e o referendo, o primeiro atua sobre um determinado assunto que não se encontra legislado utilizando os resultados da consulta para poder legislar no sentido do voto obtido, o segundo atua sobre uma matéria que já se encontra legislada e que a consulta pretende obter uma resposta sobre a sua aplicabilidade ou não. 


Para melhor compreensão apresento um video sobre este assunto:






Nota: Video 1 - Video em Inglês




Nota: Video 2 - Video em Português

Bibliografia


Bonavides, Paulo (2003). Ciência política. 10. ed. São Paulo: Malheiros, 2003.

Ober, Josiah (2007) The original meaning of “democracy”:  Capacity to do things, not majority rule Stanford University


Webgrafia 

Comissão Nacional de Eleições (2016) . Retirado de http://www.cne.pt/sites/default/files/dl/faq_rn_2007.pdf

Maltez, Adelino (2007) Respublica - Repertório de Ciência Política . Retirado de: http://farolpolitico.blogspot.pt/2007/02/directa-democracia.html

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Henrique Neto

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Fonte: http://www.henriquenetopresidente2016.pt/

Henrique Neto de 80 anos, foi mais um dos nomes que se apresentou como candidato às presidenciais de 2016. Casado, pai de 3 filhos e com 4 netos entrega a 11 de Dezembro de 2015 7950 assinaturas, validando desta forma a sua corrida a Presidente da República de Portugal. 

Natural de Lisboa, Henrique Neto acredita que é preciso mudar de rumo, afirmando que o modelo atual está esgotado e que a classe política utiliza o "funcionamento do sistema político para se beneficiar a si própria e aos sectores mais privilegiados  e protegidos da sociedade portuguesa", 


Apesar da sua filiação ao Partido Socialista, Henrique Neto não contou com qualquer apoio partidário. No entanto, não deixou de contar com o apoio de várias personalidades da sociedade portuguesa, entre elas:

Mira Amaral e Medina Carreira, do antigo líder do CDS-PP Ribeiro e Castro, do presidente da Câmara de Leiria, Raul Castro (PS), do porta-voz dos socialistas católicos, Cláudio Anaia, do antigo secretário de Estado do Governo PSD/CDS-PP Henrique Gomes

O candidato obteve 38982 mil votos, entrando no espectro de candidatos que arrecadaram um total de votos inferior ao número de votos nulos e brancos. Com um total de 0.84% dos votos válidos expressos e com um orçamento de 275 mil euros, podemos indicar que cada voto representa um valor de 7,05 euros. 



Fonte: http://www.eleicoes.mai.gov.pt/presidenciais2016/

Tempo de Antena




Nome:  Henrique José de Sousa Neto
Idade: 80
Data de Nascimento: 27 de Abril de 1936
Profissão: Empresário
Naturalidade: Lisboa
Habilitações Académicas:

Curso de Serrelharia


Mandatário Nacional 


Resultado de imagem para Luís Campos e Cunha

Fonte: http://www.congressoapavt.com/speakers/prof-dr-luis-campos-e-cunha/

Luís Manuel Moreira de Campos e Cunha, nascido a 6 de Fevereiro de 1954 Natural de Luanda. Nacionalidade portuguesa Casado pai de 3 filhos  

- Professor Catedrático da Faculdade de Economia da Unbiversidade Nova de Lisboa 
- Membro do C.A. da Fundação de Serralves - Membro do Conselho Consultivo e Presidente da Assembleia Geral do BANIF - Presidente do Conselho Coordenador da SEDES 
- Colunista do jornal Público Funções públicas 2005 - Ministro de Estado e das Finanças (resignou a 21/7/05) 2002 – 2005 
- Director da Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa 1996 – 2002 
- Vice-Governador do Banco de Portugal Neste âmbito desempenhou as seguintes funções a nível internacional: - Alternate do Governador no Governing Council do Banco Central Europeu 
- Membro do Comité de Relações Internacionais do Banco Central Europeu 
- Membro do Comité Monetário/Comité Económico-Financeiro.(até Ag. 2000) 

Carreira 

- Professor Catedrático da Universidade Nova de Lisboa, tendo leccionado em outras universidades (Universidade Católica Portuguesa, Columbia University). Desde 1985 
- Professor Catedrático (desde 1995), Professor Associado (1991-95) e Auxiliar (1985-91), Faculdade de Economia, UNIVERSIDADE NOVA DE LISBOA. 1992-1995 
- Professor Convidado (1991-95), Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais, UNIVERSIDADE CATÓLICA PORTUGUESA. 1983-85 
- Assistente, Encarregado de curso, COLUMBIA UNIVERSITY. 1977-80 - Assistente, UNIVERSIDADE CATÓLICA PORTUGUESA  

Fonte: http://www.ucp.pt/site/resources/documents/IEP/CV%20Oradores/CV%20Lu%C3%ADs%20Campos%20e%20Cunha.pdf


Orçamento de Campanha

Receita: 250 mil euros



Despesa: 250 mil euros

Fonte: http://www.tribunalconstitucional.pt/tc/file/henrique_neto_orcamento.pdf?src=1&mid=3562&bid=2686


Website: http://www.henriquenetopresidente2016.pt/

Webgrafia

Martins, L. (2016, Fevereiro 18). Os candidatos presidenciais. Jornal Público. Publicado em : https://www.publico.pt/presidenciais-2016/candidatos

Neto, H. (2015). Home Page. Consultado em  Setembro, 23 de 2016. http://www.henriquenetopresidente2016.pt/

Tribunal Constitucional Portugal. (2016). .  Entidade das Contas e do Financiamentos Políticos. Disponível em: http://www.tribunalconstitucional.pt/tc/contas_eleicoes-pr.html#1103

terça-feira, 29 de março de 2016

Paulo de Morais




Paulo de Morais, mais conhecido como o "senhor corrupção", não porque tenha alguma ligação estreita com o tema em questão, mas sim pelas suas posições anti corrupção.

A entrega 6000 assinaturas marca o arranque oficial da sua corrida à presidência da república, ao longo do seu percurso Paulo de Morais terá sido aquele que mais se bateu pelo tema da corrupção, insistindo que o cargo de Presidente poderia servir o país combatendo todo o tipo de elícito utilizando a sua influência.

Habituado ao confronto publico e político Paulo de Morais não gozou do apoio de nenhum dos partidos que lugar na assembleia da república concorrendo como independente, tal situação pode ajudar a explicar os fracos resultados que obteve.

O candidato obteve cerca de 100 mil votos, entrando no espectro de candidatos que arrecadaram um total de votos inferior ao número de votos nulos e brancos.

Paulo de Morais obteve 100 mil e oito votos e um total de 2,16% dos votos válidos expressos.



Fonte: http://www.eleicoes.mai.gov.pt/presidenciais2016/

Tempo de Antena



Nome:  Paulo Alexandre Baptista Teixeira de Morais
Idade: 52
Data de Nascimento: 22 de Dezembro de 1963
Profissão: Professor Universitário
Naturalidade: Viana do Castelo
Habilitações Académicas:

2011 – Doutoramento em Engenharia Industrial e de Gestão defendido na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, com a tese “Evaluation of performance of European cities with the aim of increasing quality of life”, aprovada por unanimidade e com distinção, desenvolvida no âmbito da investigação operacional (desenvolvimento metodológico e aplicação de Data Envelopment Analysis) e estatística. 

1996 – Curso de Defesa Nacional 

1993 – MBA em Comércio Internacional pela Católica Porto Business School (à data Instituto Empresarial Portuense em parceria com a ESADE – Escuela Superior de Administración y Dirección de Empresas de Barcelona), com a média de 14 valores. 

1989 – Licenciatura em Matemática – Ramo Matemática Aplicada, pela Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, com a média de 12 valores.

Publicações

Participação em Livros: Arrendamento Social, CIJE – Centro de Investigação Jurídico-Económica da Faculdade de Direito da Universidade do Porto, Almedina, 2005 ‘Anatomia da Corrupção em Portugal’ in Sousa, L. e Soares, D. (Org.) Em memória de Saldanha Sanches- tranparência, justiça, liberdade, Edições RCP, no prelo .

Livros não científicos editados: Morais, Paulo, Da corrupção à crise, Gradiva, 2013. Paulo Morais – Mudar o Poder Local, por António Freitas de Sousa, Edeline, 2006 Morais, Paulo & Outros, Porto de Partida Porto de Chegada, Âncora Editora, 2003 

Apoios: Apesar de não ter recolhido apoio formal por parte de nenhum partido político, apresentando-se como independente.

Morais,P. (2015).


Mandatário Nacional 


Teresa Serrenho é Professora, empresária, formadora, membro da Assembleia de Freguesia de Nossa Senhora do Pópulo, dirigente associativa.

Caldense de gema, nascida a 7 de Abril de 1956, concluiu o Magistério Primário na nossa cidade aos 18 anos, idade em que começou a dar aulas, coincidente com a grande mudança política da segunda metade do século XX. Estávamos então em 1974. Serrenho, M. (2013)


Orçamento de Campanha

Receita: 93 mil euros



Despesa: 93 mil euros



Fonte: http://www.tribunalconstitucional.pt/tc/file/paulo_morais_orcamento.pdf?src=1&mid=3567&bid=2690

Website: http://www.paulodemorais2016.com

Webgrafia

Martins, L. (2016, Fevereiro 18). Os candidatos presidenciais. Jornal Público. Publicado em : https://www.publico.pt/presidenciais-2016/candidatos

Morais, P. (2015). Home Page. Consultado em  Março, 29 de 2016.  http://www.paulodemorais2016.com

Serrenho, M. (2013). Viver o concelho Movimento Independente Caldas da Rainha. Consultado em Março, 29 de 2016. http://viveroconcelho.pt/

Tribunal Constitucional Portugal. (2016). .  Entidade das Contas e do Financiamentos Políticos. Disponível em: http://www.tribunalconstitucional.pt/tc/contas_eleicoes-pr.html#1103

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Soft Power



https://sunnyntayombya.wordpress.com/2013/10/17/how-to-leverage-rwandas-soft-power/

Segundo o professor Victor Marques dos Santos  podemos identificar poder como uma “característica essencial da realidade humana, que adquire expressão através de manifestações diferenciadas resultantes da convergência das dimensões social e individual da capacidade do respectivo exercício, caracterizado pela posse e como uma capacidade que, entre outras , se desenvolve no sentido da realização de um objectivo, da concretização de uma finalidade” (Santos, 2007) outra definição verificada é a do professor António de Sousa Lara que apresenta o poder como “ um conjunto de meios capazes de coagir os outros a um determinado comportamento . (Lara, 2005)

O soft power pode ser definido como “levar os outros a desejarem o que nos próprios desejamos (…) em determinar a agenda política para influenciar as preferências dos outros . O soft power  também é mais do que persuasão ou a capacidade de convencer pessoas através de argumentação . É a capacidade de sedução e de atracção . O soft power tem , em grande parte , origem nos nossos valores”  (Nye, 2005) . 

Este tipo de poder funciona em certa medida como catalisador de tomadas de decisão por parte de outros baseando-se na nossa vontade usando para isso o poder economico , cultural , político e religioso . O soft power é um aliado poderoso no sentido que faculta ao Estado detentor deste poder a capacidade de ser seguido não pela sua capacidade bélica mas sim pelos seus valores .

Lara, A. ( 2005), Ciência política – Estudo da ordem e da subversão. 3ª Edição, ISCSP. Lisboa


Santos, Victor Marques dos. (2007) , Introdução á teoria das relações internacionais. ISCSP. Lisboa


Nye, Joseph. (2005), O paradoxo do poder Americano: Porque é que a única superpotência mundial não pode actuar isoladamente. 1ª Edição, Gradiva. Lisboa