sábado, 31 de outubro de 2015

Partido Cartel

Fonte: http://apodrecetuga.blogspot.pt/
Nos anos 70 existia um peso crescente do financiamento público dos partidos conjugando a sua actuação com recurso cada vez maior a meios electrónicos de comunicação. Longe da sociedade e cada vez mais próximos do Estado. Numa frase, seria este o retrato feito por (Katz e Mair, 1995) sobre a evolução dos partidos políticos modernos. O partido Cartel resulta de uma simbiose entre  partidos políticos e o Estado, ou seja, existe uma relação entre o Estado e o financiamento dos partidos e a sua sobrevivência, este partido apresenta portanto uma grande associação ao capital economico proveniente do Estado, existe um descrédito crescente dos mecanismos de financiamento privado sendo que ao mesmo tempo existe um aumento do custo das campanhas eleitorais.  A cartelização dos principais partidos resulta de alianças entre os partidos para assegurar os recursos públicos, sendo que esta associação acaba por dificultar o aparecimento de novos partidos políticos à política. Com o aumento da necessidade de dinheiro por parte dos partidos políticos existe uma maior e clara necessidade de financiamento público, o partidos têm tendência a tornarem-se cada vez mais profissionalizados relegando a ideologia para segundo plano, o partido em si passa a ser mais dependente do Estado, falamos neste sentido tal como indicava Otto Kirchheimer onde o mesmo falou do “state-party cartel” , que “envolvia, basicamente, uma fusão com o Estado e teria surgido nas democracias ocidentais deste o inicio da década de 1950” (Guedes,  2006)

Para uma melhor compreensão fica o esquema seguinte:



Fonte:  Guedes (2006)

Este tipo de relação entre Estado e Partidos é tanto maior quanto menor for a participação financeira dos privados a um partido.

Bibliografia:

Guedes, N. (2006), O partido – cartel: Portugal e as leis dos partidos e financiamento de 2003. Acedido em 20-12-2010 em http://www.cies.iscte.pt/documents/CIES WP17.pdf

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